Análise Bovespa & EUA

O IBovespa está com um potencial de baixa muito grande. Essa queda que deve ser de mais de 50% conforme mostra o estudo anexo, deverá acontecer assim que os mercados americanos romperem os atuais níveis de suporte. Isso é no meu entender uma questão de tempo.

Para baixar o estudo anexo clique aqui.


Analista: Fausto de Arruda Botelho

Um dos únicos fatores comuns a todas as bolhas especulativas foi o fato de que no topo dos mercados ou quando eles começaram a cair, não havia sobrado nenhum analista sério prevendo a queda pois todos já haviam ficado pelo caminho. Eu fui um dos que previu a queda dos mercados em julho do ano passado. Tivemos sim a baixa do Sub prime mas em seguida, a Bolsa subiu mais de 100% (em dólar), até 30 de maio passado. Nesse momento em que enxergo uma capotagem dos mercados mundiais ocorrendo em câmera-lenta, não quero me omitir.

O estudo anexo em slides mostra que estamos diante da maior alta da história conhecida da Bolsa Brasileira de ações, desde 1963, tanto no quesito “tempo de duração”, como no de “variação percentual”. Talvez por esse motivo, eu e muitos outros analistas estivemos prevendo antecipadamente a virada dos preços.
Da minha parte, o que eu achava nas análises que tenho feito desde julho do ano passado sobre a baixa, agora eu acho com uma convicção ainda maior.

No meu entender, estamos na beira do precipício. N. York está prestes a ter uma queda muito grande já que a reta suporte do S&P de 25 anos foi rompida na semana passada. Agora só falta o rompimento do suporte a 1257 (SP500 cash), testado hoje e destacado no gráfico, para que os preços caiam uns 15% rapidamente, e depois muito mais.
Se isso ocorrer como acredito, o IBovespa teria que rever os seus planos de “Decoupling” do S&P que na minha visão é quem manda no mundo e ainda continuará a mandar por muito tempo.

Neste momento, tomando como base o fundo do pânico inicial do Sub-Prime ocorrido em 16 de agosto de 2007, se fosse para ocorrer o “Acoplamento” de novo, o Bovespa precisaria cair aproximadamente 46%, só para chegar a esse fundo. Como o S&P já teria caído mais outros tantos 15 a 20%, teríamos uma queda de aproximadamente 60% por aqui que acho está também na iminência de acontecer. De qualquer maneira o potencial de acontecer está aí, armado como um gatilho no meu entender. Poucos, aqui no Brasil, se dão conta disso.

Agora, definitivamente, não é a hora de se estar nos mercados de ações sem um seguro “contra incêndio” ou seja sem a proteção de ordens de stop.

Seguem abaixo, alguns gráficos que ilustram a análise acima:

Esse primeiro gráfico mostra como os Americanos vêm o Dow Jones, sem indexar e numa grande tendência de alta desde o fundo de 1929, com apenas uma grande acumulação de 16 anos entre 1966 e 1982.
Note que a reta suporte foi rompida, o suporte foi penetrado sugerindo teste da reta suporte de Longo prazo.

Enfoque Gráfico

Na verdade, quando olhamos o gráfico indexado em CPI ( Índice de Inflação americano - Consumer Price Index) vemos uma perspectiva muito mais realista e que sugere, na minha visão, que uma grande correção no Dow Jones é iminente.
Os americanos não entendem de inflação (por enquanto) e conseqüentemente não indexam os seus gráficos. No Google, procurando imagens você só achará gráficos como esse acima. Terá que procurar muito para achar um gráfico como o abaixo, que desconta a inflação americana.

Note o que ocorre na acumulação de 1966 a 1982 mostrada no gráfico de cima. Ela vira uma tendência de baixa de proporções comparáveis a 1929 (gráfico de baixo) e mostra que o fundo do poço foi em 1982 e que desde então, estamos na atual tendência de alta.
São 25 anos de tendência de alta. Nunca imaginei que iria trabalhar com uma reta suporte de 25 anos, mas aí está ela.
Rompida!

Isso em análise técnica significa que a tendência de alta foi revertida e que agora teremos uma tendência de baixa. Próxima parada, no meu entender, o fundo de 2002/2003 a 9.000 pontos.

Enfoque Gráfico

Detalhe do mesmo gráfico no curto prazo. A reta azul inclinada é a reta suporte de 25 anos. Como vimos acima entretanto, os americanos não estão vendo esse gráfico.

Enfoque Gráfico

Veja agora o S&P que o Americano está vendo ou seja sem indexação. Abaixo do suporte a 1270 / 1260 têm ordens de stop do mundo todo. Por isso acho que estamos na beira do precipício. Se romper esse nível acho que vai dar um mal estar nos USA que vai respingar no mundo todo. Para mim o rompimento desse suporte com a conseqüente queda é iminente e será o fator que irá detonar a queda mais forte do Índice Bovespa.

Enfoque Gráfico

Mesmo gráfico mostrando o nível de suporte do S&P em 1257. Sugere que a reta suporte já rompida no Dow Jones pode ter sido rompida no S&P igualmente.

Enfoque Gráfico

Enquanto isso a Bovespa, está na reta guia desse canal de alta cinqüentenário. Veja que interessante as correlações entre os fundos e topos. Neste endereço você encontra esse gráfico abaixo em Flash atualizado, mostrando todos os eventos importantes ocorridos desde 1963 e pode inclusive baixar para o seu computador.

Enfoque Gráfico

No momento o Ibovespa testa a reta suporte de médio prazo da tendência iniciada com o Lula e parece que está caminhando para testar a reta de longo prazo

Enfoque Gráfico

tem que cair quase 50% para chegar no fundo do subprime, a 36.000 conforme mostra o gráfico abaixo (Indexado em Dolar)

Enfoque Gráfico

Agora veja como estão a China e a India, os outros componentes do BRIC. A China está em tendência de baixa há meses e bem abaixo do fundo do Subprime e a India está muito próximo do fundo do Subprime.

Enfoque Gráfico

A India está a 2,2% acima do fundo do Subprime. Acho que ela é o Brasil de amanhã.

Enfoque Gráfico

Na apresentação de slides anexa está a razão estatística pela qual acredito que o Bovespa está na iminência de cair uns 60%

Para baixar o estudo anexo clique aqui

Saudações e bons trades.

Fausto de Arruda Botelho CFTe; CNPI
Certified Financial Technician – IFTA
Certificado Nacional de Profissionais de Investimento - registrado na CVM
Diretor Geral da
Enfoque Informações Financeiras Ltda. (Enfoque).