Estatísticas apontam para queda iminente na Bovespa

Artigo expecialmente preparado para a newsletter da Expomoney


Estatísticas apontam para queda iminente na Bovespa


A afirmação do analista técnico, Fausto de Arruda Botelho, foi baseada no desempenho do Ibovespa nos últimos 44 anos. Acompanhe o histórico no gráfico e tabela.
Por Camila Rocha*O principal índice da bolsa paulista (Bovespa) está em seu 33º movimento de alta e na iminência de sofrer uma correção. A análise toma por base oscilações maiores que 40% e revela que, desde 1963, o índice passou por 33 períodos de alta contra 30 períodos de baixa. Sobre a observação do comportamento do Ibovespa, Botelho destaca “Podemos concluir que nos últimos 44 anos tivemos um número de baixas bem parecido com o de altas. Isso mostra que vale a pena pensar em assumir posições de venda já que as oscilações de baixa ocorrem tanto quanto as oscilações de alta”.O estudo conclui, entretanto, que as altas têm sido bem mais poderosas do que as baixas, já que duram mais tempo (290 dias em média de avanço contra 208 dias em média de recuo). Além disso, as altas provocam oscilações bem maiores (249% em média) do que as baixas (53% em média). Veja na tabela:
Movimentos de altas e baixas do Ibovespa desde 1963

O movimento atual, no entanto, já supera as médias de duração e intensidade detectadas por Botelho nestes 44 anos de negociações em bolsa no Brasil. Iniciada em 16 de outubro de 2002 e ainda se desenrolando, a alta já atinge variação de 1662%, com base no último topo de 31/10/2007, bem acima dos 249% que em média os demais movimentos ascendentes alcançaram. Quanto ao tempo de duração, Botelho comenta, “o que preocupa por outro lado é que o último movimento de alta já está durando, com base no último topo de 31/10/2007, 1.841 dias enquanto a média de um movimento de alta, antes que ocorra uma baixa de pelo menos 40%, é de 290 dias”, explica Botelho.Em termos de comparação, a maior oscilação do Ibovespa foi registrada entre 1967 e 1971, quando subiu 1.895%. Este movimento durou 1.637 dias e foi seguido de uma correção de 66% (queda que durou cerca de dois anos).Segundo Botelho, este último movimento do Ibovespa é, portanto, totalmente inusitado e sem precedentes no quesito duração, além de ser o segundo no quesito variação percentual. Temos dessa forma, ingredientes mais do que necessários para que se inicie uma nova oscilação de baixa de mais de 40%. Como a média das últimas 30 correções de baixa (maiores do que 40%) foi de 53%, somos levados a crer que a próxima será no mínimo da mesma amplitude, já que a alta que a precede foi recorde.Conclusão: “Continue apostando nas compras, já que a tendência é de alta e só irá terminar quando reverter, pense em aprender a vender ações através do processo de aluguel e não esqueça de colocar suas ordens de stops, pois a alta atual está estatisticamente bastante esticada e pode reverter a qualquer momento”, afirma o analista. Observe no gráfico do Ibovespa a última reta de alta do índice:
Gráfico diário do Ibovespa indexado ao dólar em escala logarítmica.